"Se pudesse voltar no tempo, faria exatamente tudo igual"
Se eu pudesse voltar no tempo e ser jovem outra vez, eu faria novamente tudo o que fiz e exatamente da maneira que fiz.
Morreria de vergonha de falar em público , como tantas vezes morri.
Faria brincadeiras idiotas na hora errada, como fiz tantas vezes.
Cederia de novo à timidez que não me permitiu me aproximar da menina mais bonita da escola.
Escolheria minhas opções mais pela emoção do que pela razão, como fiz até perder a conta das vezes que fiz.
Pensaria que os conselhos dos mais experientes eram uma maneira de eles consolarem a si mesmos pelos erros cometidos, e não uma genuína preocupação para que eu não viesse a cometer os mesmos erros.
Se eu pudesse voltar no tempo, novamente correria riscos à toa e por nada, como corri, por pura diversão e sem pensar nas consequências. Mas não correria riscos que hoje eu sei que deveria e poderia ter corrido, porque o sentido que eles me fazem hoje não é o sentido que eles me faziam então.
Eu não pensaria no que poderia me acontecer dali a 30 anos, porque não conseguiria me ver como um adulto que sucumbiu às regras indigestas da sociedade, como todos os adultos que eu conhecia haviam sucumbido.
Eu seria de novo criticado em meu primeiro emprego, por não levar as coisas a sério, porque existiam coisas muito mais sérias para mim do que o meu primeiro emprego.
Se eu pudesse voltar no tempo, eu não iria querer ser um jovem que soubesse tudo o que um adulto sabe. Que graça teria uma vida com respostas prontas? A graça está em não saber as respostas e encontrá-las por conta própria.
Por isso, se eu pudesse voltar no tempo, só voltaria se tivesse uma única certeza: a de poder viver novamente, todas as minhas incertezas.
Cederia de novo à timidez que não me permitiu me aproximar da menina mais bonita da escola.
Escolheria minhas opções mais pela emoção do que pela razão, como fiz até perder a conta das vezes que fiz.
Pensaria que os conselhos dos mais experientes eram uma maneira de eles consolarem a si mesmos pelos erros cometidos, e não uma genuína preocupação para que eu não viesse a cometer os mesmos erros.
Se eu pudesse voltar no tempo, novamente correria riscos à toa e por nada, como corri, por pura diversão e sem pensar nas consequências. Mas não correria riscos que hoje eu sei que deveria e poderia ter corrido, porque o sentido que eles me fazem hoje não é o sentido que eles me faziam então.
Eu não pensaria no que poderia me acontecer dali a 30 anos, porque não conseguiria me ver como um adulto que sucumbiu às regras indigestas da sociedade, como todos os adultos que eu conhecia haviam sucumbido.
Eu seria de novo criticado em meu primeiro emprego, por não levar as coisas a sério, porque existiam coisas muito mais sérias para mim do que o meu primeiro emprego.
Se eu pudesse voltar no tempo, eu não iria querer ser um jovem que soubesse tudo o que um adulto sabe. Que graça teria uma vida com respostas prontas? A graça está em não saber as respostas e encontrá-las por conta própria.
Por isso, se eu pudesse voltar no tempo, só voltaria se tivesse uma única certeza: a de poder viver novamente, todas as minhas incertezas.
Max Gehringer, para CBN,
em 15-04-2011
em 15-04-2011