quarta-feira, 12 de novembro de 2014
Fluindo
É preciso deixar fluir. Como fazer isso numa época, num contexto, numa vida que nos exige - ao contrário! - estancar? Deixar fluir parece ser fácil, mas não é. Ver o rio correr é bom, mas pense como é difícil deixar as pessoas, as situações, as coisas irem embora...! A vontade é de retê-las, parar o fluxo, segurá-las, exatamente para não perdê-las. É difícil ver tudo indo embora... Quando são coisas ruins, empurramos rio abaixo para que elas possam ir logo, mas, quando são coisas boas, a tendência é conservá-las e não querer que se perca o que nos faz felizes. Em qualquer situação, é preciso deixar fluir - e o mais importante: ir junto! É difícil deixar que tudo se vá porque, no fundo, ficamos parados. É preciso ir com o fluxo, flutuar como folha sobre a água, sentir o frescor, o sol, a velocidade da correnteza e não querer controlar nada. Sentir o fluxo. Estar no fluxo. Ser o fluxo. Até que o fluxo nos mostre a resposta, e que você entenda que se deixar levar - e ser leve - era a única solução para se ter paz.
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Oito
Como qualquer pessoa neste planeta, eu passo por momentos bons e ruins, relaxantes e estressantes, e, exatamente por isso, tenho muito a agradecer. A mesmice e o marasmo, muitas vezes, são combustíveis que nos impulsionam, tiram-nos do "lugar-comum", do habitual, de uma forma de pensar que escraviza. É bom ser "chacoalhado" pela vida, pelas pessoas, pelas situações, pois sentimos a humanidade fluir de todos os lados. As pessoas pensam, agem e sentem de formas diferentes. Isso é bom! Como cada um é de um jeito, podemos escolher nossas amizades e amores por afinidades ou diferenças, respeitando e sendo respeitado. Eu vivo um momento "montanha-russa" e estou grata por isso! Comecemos pela parte boa: tenho poucos, mas leais e fiéis amigos! Tenho muitos alunos diferentes, legais e esforçados. Tenho companheiros para atividades que me deixam feliz quando nos encontramos, ainda que uma amizade profunda não tenha se desenvolvido. Meus "chefes" são meus amigos e nosso entrosamento é muito bom! Meus colegas de trabalho são pessoas boas e valentes, que lutam por um lugar ao sol. Estou namorando uma pessoa maravilhosa, que consegue me trazer calma e felicidade, transformando nossos momentos simples em grandiosos eventos! Por último, mas não menos importante, pessoas primordiais em minha vida: familiares que me compreendem nos meus dias ruins e que me amam MUITO! A parte ruim? Essa eu gostaria de esquecer. Esquecer as palavras falsas de quem se diz amigo. Esquecer as dívidas dos que contratam serviços e somem da cidade (e do país). Esquecer as palavras "imparciais" de quem se acha no direito de dizer o que quiser, só porque acha que está sendo justo. Não me lembrar de que existem pessoas que usam o que você sabe, o que você produziu, o que você adquiriu em favor próprio. Não me lembrar de que injustiças acontecem por preconceito, desrespeito e falta de diálogo. Não me lembrar de quantas vezes pegaram minhas palavras e distorceram em benefício próprio, muitas vezes fazendo-se de vítima. Eu poderia enumerar muitas coisas boas e ruins, mas, por enquanto, é isso. Ao fazer esse balanço, vi que estou no lucro! Tenho meus amigos, meu trabalho, meu namorado, minha família, minhas atividades paralelas, enfim, minha vida! As outras coisas ruins que me vieram como uma avalanche só serviram para me mostrar o quanto sou abençoada e como tenho que ignorar e passar por cima dessas vicissitudes. Não preciso delas para continuar minha vida. Preciso é estar firme e aprender com as lições! Parafraseando meu provérbio japonês favorito: posso até cair umas sete vezes, devido ao vento forte, às pancadas duras, aos socos pelas costas, mas eu me levantarei - oito vezes!
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