segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Peso

Este ano eu voltei a fazer aqueles planos. Sim, aqueles de sempre. Estava tudo certo para concretizá-los. Despedi-me de amigos, de afazeres, de lugares... Eu estava em outra órbita. Finalmente eu realizaria o que só executava em pensamento. De repente, algo mudou. Um golpe do destino atravessou meu caminho e me mostrou uma nova trilha, que parecia promissora. Com base nisso, outros planos surgiram, inclusive relacionados a outros seres vivos. Encontro-me, agora, desmotivada. Meus planos não foram executados. A atividade, que parecia um presente divino, tornou-se um martírio. O que fazer? Implorar ao destino que atravesse meu caminho novamente com uma surpresa boa (mas nada de pegadinhas)? Desisti dos meus planos antigos em detrimento disso e estou desistindo dos novos planos...

Antes, um samurai; depois, um ronin. Existe glória depois de tudo isso? Haverá um renovo? É tempo de o guerreiro voltar a ficar pensativo à beira do lago, pois a espada e o escudo estão ficando pesados demais...

domingo, 13 de setembro de 2015

Aceitar

Você já esteve tão desesperado para assumir um novo emprego ou comprar algo novo que assinou o contrato concordando com todas as cláusulas? Achou que não havia problema nenhum em dizer "sim" para algumas coisas e "não" para outras? Pensou que seria fácil lidar com as adversidades da nova função ou do novo serviço/produto SEM ter o ônus das coisas de que você foi privado? Algumas "missões" são assim: você assume achando que vai aguentar tudo e que o preço a ser pago é irrelevante diante dos ganhos que você obterá ao desenvolver o que lhe foi destinado, mas, com o passar do tempo, aquela tarefa se torna árdua (porque, na verdade, sempre foi) exatamente pela falta do ônus que você disse que não sentiria falta. Aí, nesse momento, você pensa em dois caminhos: abandonar a missão e correr atrás do que lhe falta ou continuar a missão, aceitando a lacuna. Só que, segundo sua cabeça responsável, você sabe que a primeira opção não funciona, pois a "missão" sempre estará ali, cobrando de você a realização. Sim, você já tentou abandonar tudo e não deu certo. A segunda opção, infelizmente, é a única viável. Resignação é algo difícil - e talvez seja isso que você tenha que aprender: abrir mão do que mais deseja (algo individual) em prol do que você precisa fazer (algo coletivo). Aceitar - assim como você aceitou no dia em que assumiu o compromisso de não voltar atrás...