quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Perls

É óbvio que o potencial de uma águia será atualizado no vagar pelo céu, ao mergulhar para pegar pequenos animais para comer, e na construção de ninhos.

É óbvio que o potencial de um elefante será atualizado através do tamanho, força e desajeitamento.

Nenhuma águia quer ser elefante e nenhum elefante quer ser águia. Eles se "aceitam", aceitam seu "ser" (them "selves"). Não, eles nem mesmo se aceitam, pois isto significaria uma possível rejeição. Eles se assumem por princípio. Não, não se assumem por princípio pois isto implicaria numa possibilidade de ser diferente. Eles apenas são. Eles são o que são, o que são.

Quão absurdo seria se eles, como os humanos, tivessem fantasias, insatisfações e decepções. Como seria absurdo se o elefante, cansado de andar na terra, quisesse voar, comer coelhos e botar ovos. E que a águia quisesse ter a força e a pele grossa do elefante.

Que isto fique para o homem! - tentar ser algo que não é - ter ideais que não são atingíveis; ter a praga do perfeccionismo de forma a estar livre de críticas, e abrir a senda infinita da tortura mental.

Amigo, não seja um perfeccionista. Perfeccionismo é uma maldição e uma prisão. Quanto mais você treme, mais erra o alvo. Você é perfeito, se se permitir ser.

Amigo, não tenha medo de erros. Erros não são pecados. Erros são formas de fazer algo de maneira diferente, talvez criativamente nova.

Amigo, não fique aborrecido por seus erros. Alegre-se por eles. Você teve coragem de dar algo de si.

São necessários anos para centrar-se em si próprio, e mais algum tempo para entender e ser agora.


Fritz Perls
("Escarafunchando Fritz - Dentro e Fora da Lata de Lixo")

domingo, 9 de outubro de 2011

Domingo

Domingo: normalmente um dia tranquilo, em que a maioria vai à igreja e/ou fica em casa vendo programas de televisão desinteressantes e/ou futebol. Atualmente, ainda há a opção de ficar na internet, mas, convenhamos: o dia todo vendo televisão ou ficando em frente à tela do computador não dá, né?

Vamos reinventar este dia! Passear no parque, na praia, na praça, na rua, no centro da cidade! Já fiz passeios assim num domingo e é realmente interessante, principalmente passear no centro da cidade, para descobrir lugares que não são "visíveis" em dias normais de correria. O centro de São Paulo, num domingo, é fantástico para quem quer ver detalhes que, na pressa do cotidiano, não seriam possíveis de serem vistos. Até as estações de metrô ganham um novo olhar num domingo.

Hoje quero inventar, criar, descobrir coisas que se escondem por medo de não serem aceitas - e como serão aceitas se vivem se escondendo? Não se deixam ver, não se mostram; precisam se fortalecer e, para isso, precisam ousar. Vamos lá?