quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Acabou!

Como hoje é o último dia do ano, achei por bem fazer um novo balanço. As sensações estão mais fortes hoje, e as quebras e os laços firmados quase no fim de 2015 traçam um panorama de como trilhar o novo ano. Menos expectativas, menos preocupações e menos apoio no que não pode durar. É importante que saibamos com quem podemos contar, mas sempre agir sozinho. Parcerias são importantes, mas a palavra da hora é fazer por conta própria. Não é egoísmo, nem nada. É saber quando sair de cena, quando deixar o local, quando não pedir ajuda desnecessariamente, quando não ser carente e nem ficar à mercê da vontade alheia. É conseguir dar conta por si mesmo, sem precisar gritar aos quatro ventos o que você faz, o que fez ou o que pretende fazer. Seguir em frente, fazer o que gosta, o que quer e deixar que as opiniões influenciem muito pouco. Só quem conhece sua luta é você mesmo! Quem sempre acompanha você pode entender essa luta, mas não senti-la. It's up to you! Seja alguém para você mesmo.

Feliz 2016 - com a cabeça erguida e com pés no chão, não deixando que nada, nem ninguém, possa nos impedir de realizar o que queremos e de ser o que sempre fomos! Eu acredito que conseguirei alcançar o inesperado, pois o inesperado também acredita em mim e quer me alcançar.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Open

Hoje uma certa música me perseguiu (mentalmente) a manhã toda. Depois, com os afazeres cotidianos, até consegui esquecê-la, mas, agora à noite, ela volta a ecoar em mente, bem como traz lembranças e sensações há muito perdidas - e/ou reencontradas... É... Acho que alguns infinitos são mesmo maiores do que outros...

Trechos da canção:

"Falling through pages of Martens on angels
Feeling my heart pull west
I saw the future dressed as a stranger
Love in a space-dye vest

Love is an act of blood and I'm bleeding
A pool in the shape of a heart
Beauty projection in the reflection
Always the worst way to start

[...]

Now that you're gone I'm trying to take it
Learning to swallow the rage
Found a new girl I think we can make it
As long as she stays on the page

This is not how I want it to end
And I'll never be open again

[...]

There's no one to take my blame
If they wanted to
There's nothing to keep me sane
And it's all the same to you

There's nowhere to set my aim
So I'm everywhere
Never come near me again
Do you really think I need you?

I'll never be open again
I could never be open again
I'll never be open again
I could never be open again

And I'll smile and I'll learn to pretend
And I'll never be open again
And I'll have no more dreams to defend
And I'll never be open again..."

sábado, 12 de dezembro de 2015

Balanço

2015 ainda insiste em ficar, mas faltam poucos dias para que, simbolicamente, ele vá embora. Essa passagem de tempo, marcada por calendários e agendas, que traz uma falsa impressão de renovação, faz com que, muitas vezes, acreditemos nesse "novo começo". Continuamos tendo os mesmos afazeres e preocupações, mas, ao virar a página da agenda e ver um novo número acrescentado ao final, parece que uma mágica ocorre: temos disposição, fazemos planos, esquecemos o que aconteceu de ruim... Esses ritos de passagem são importantes, mas somente quando estamos dispostos a passar por eles. Creio que é um bom momento agora para eu enfrentar tudo isso e acreditar num ano diferente. 2015 foi um tsunami! Saiu arrasando e inundando várias áreas da minha vida, mas também lavou muitas impurezas e levou embora algumas incertezas. Pude me sentir mais firme depois de estar à beira do abismo, em que eu olhei para ele e ele olhou de volta para mim (parafraseando Nietzsche). Por muitas vezes, achei que não aguentaria, mas, depois de ser salva, de várias formas, ainda tremendo e sem acreditar muito bem no que acontecia, pude reavaliar algumas práticas e voltar ao caminho de me tornar o que sou (Nietzsche novamente!).

Foram duras lições aprendidas em 2015, mas termino de enfrentar este ano com esperanças em 2016. Levo comigo o ensinamento de um velho provérbio chinês: "espere o melhor, prepare-se para o pior e receba o que vier". Que eu consiga, cada vez mais, com base nisso, criar menos expectativa, mas que eu não perca a crença em dias melhores. Renovei meu coração e minha mente, tomei atitudes que considero acertadas e aguardo resultados das minhas ações, bem como vou continuar lutando pelo que acredito. Eu tinha abandonado algumas coisas à beira do caminho, mas resgatei o que precisava ser resgatado, pois, mesmo que não devamos viver de passado (para não ficarmos tristes) e nem de futuro (para não ficarmos ansiosos), a espiral da nossa vida sempre nos remete a um ou outro, e alguns valores e esperanças fazem parte de nós e precisam viajar conosco na bagagem.

O impossível e o improvável estão ao nosso alcance. O que falta, muitas vezes, é oportunidade. Recebo 2016 de coração aberto, com a mente pronta para os novos desafios e com esperança de realizar o inesperado.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Alquimistas

Ele diz que eu faço mágica com as palavras, mas ele faz mágica com os sentimentos. Se eu descrevo bem o que se passa ou transformo eventos cotidianos em extraordinários, ele consegue fazer um coração gelado se sentir vivo novamente apenas com boas intenções. Se eu invento mundos e pessoas psicologicamente verossímeis, ele faz um gesto ou diz algo e muda a percepção da realidade. Se eu uso mil palavras para fazer o mundo girar na direção que eu quiser, ele dá uma risada ou faz uma piada e transforma tristeza em alegria. Somos alquimistas, de certa forma, tocando mundos diferentes com nossas mágicas, transformando o impossível e fazendo acontecer, mesmo quando tudo parece perdido em redemoinhos de vento.