quinta-feira, 21 de maio de 2015

Esperança

Eu poderia dizer que algumas coisas perderam o sentido, mas talvez não seja isso. O significado que algumas palavras tinham no meu dicionário pessoal não batia com a realidade dos acontecimentos e acabei por me perder nos sentidos. Talvez eles realmente tenham se perdido - e talvez eu esteja tentando ressignificá-los de alguma forma. A visão que temos do mundo, das coisas, das pessoas, das situações pode, em algum momento, não corresponder com o que acontece e, ou achamos que tudo é loucura "lá de fora", ou loucura nossa - e aí tentamos reequilibrar, aproximando os significados e tentando criar outros. Neologismos aparecem e fazem sentido por um tempo - mas até quando? Atualmente, busco novos significados para velhos conceitos empoeirados, antes que eles se percam. Sei que algo mudou, mas não totalmente, pois, como já me disseram, não se pode perder a esperança. Em meu livro preferido, meu personagem predileto termina por dizer, "[...] esperar e ter esperança!". Talvez eu deva sucumbir aos apelos da literatura e de alguns conhecidos, que me dizem para ter esperança...

Trecho dessa parte do livro: "[...] não existe felicidade nem infelicidade neste mundo, existe apenas a comparação de um estado com outro e mais nada. Só aquele que experimentou o extremo infortúnio se encontra apto a experimentar a extrema felicidade. É necessário ter querido morrer [...] para saber como é bom viver. [...] até ao dia em que Deus se dignar desvendar o futuro ao homem, toda a sabedoria humana residirá nestas palavras: esperar e ter esperança!"

Esperar e ter esperança: estou começando a me convencer disso - e a dar novos significados e sentidos ao que eu pretendia largar pelo caminho...

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