De repente, eu me lembrei de quem eu sou, e não foi olhando no espelho: foi olhando para fora, para as coisas que eu comecei a fazer e que achei que poderiam fazer parte da minha vida e me ressignificar. Não. Essas coisas são apêndices, apenas momentos jogados no tempo, experimentações, mas não o que me define. Aliás, não há algo a ser definido. Existe alguém com potencialidades e com mudança de vontades. Definir-me é perder-me. É o vai-e-vem de reflexões e novos/velhos caminhos que vai me constituindo, mas sem uma definição clara, pois estou em construção. Minha movimentação é constante e minha consciência é pulsante. Estou viva e é isso que dita o ritmo da dança, ainda que haja pausas ou movimentos ousados. Posso ir para frente, para trás, para os lados ou andar em círculos, mas algo sempre mudará para tudo fique o mesmo: um perfeito imperfeito. Aceitação da impermanência. Wabi-sabi.
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